Peça de teatro infantil “O Medo da Cor”, sábado 1 de Junho, 17h

Na ocasião do Dia Mundial da Criança, o CCFBG apresentará a peça de teatro infantil “O Medo da Cor” no sábado 1 de Junho às 17h. Produzida pela Companhia Senegalesa Djarama em parceria com Alicia Soto Hojarasca, a peça é para todos os públicos, a partir de 8 anos. Espetáculo sem fala, com danças, mascaras e mímicas. Bilhetes à venda no CCFBG no valor de 2000 XOF. Duração 40 minutos.

Resumo:
Uma mulher negra de uma família modesta dá à luz uma criança com albinismo. Ela vê-se confrontada com as crenças generalizadas sobre os albinos. Tem medo de perder o seu filho, que, por um lado, é rejeitado pela sociedade e, por outro, atrai pessoas que tudo farão para o sacrificar.
que estão dispostas a fazer tudo para o sacrificar. Mas a criança cresce apesar das dificuldades que enfrenta.

Nota de intenção de Mamby Mawine:
Nunca me interessou fazer teatro pelo simples facto de fazer teatro. Sempre criei espectáculos com sentido. Para mim, o teatro deve servir para consciencializar, denunciar o que está mal e permitir que as pessoas vejam as coisas de forma diferente.
A minha filha Ramata nasceu albina e cresceu numa sociedade onde pessoas como ela são discriminadas e marginalizadas por serem diferentes. Ramata tem a sorte de estar numa família que a rodeia de amor e cuida dela, para que possa praticar desporto e ter uma educação. Mas muitas crianças como ela vivem em condições desumanas. No Senegal, por exemplo, é possível ver mulheres que obrigam os seus filhos albinos a mendigar todos os dias ao sol, totalmente inconscientes dos efeitos desastrosos do sol na sua pele. Mulheres albinas que são violadas devido a certas crenças que as encorajam a ter relações sexuais com uma mulher albina para se tornarem ricas. Durante as eleições no Senegal, muitas famílias com crianças albinas têm de as esconder com medo de que sejam levadas para sacrifícios. Noutros países africanos, os albinos são expulsos das aldeias ou cortados em pedaços e vendidos no mercado para serem usados como alimentos e vendidos no mercado para serem usados como grigris.
Com o espetáculo “Medo da Cor”, queremos mostrar como pessoas ditas normais podem ser cruéis para com pessoas com deficiência ou consideradas diferentes. Também queremos sensibilizar crianças, adolescentes e adultos para os problemas enfrentados pelas pessoas com albinismo. Optámos por utilizar máscaras e marionetas neste espetáculo devido à sua dimensão sagrada e ritual. A marioneta abre possibilidades de representação que não são possíveis com um ator humano. As marionetas também abrem o mundo imaginário que só as nossas almas infantis são capazes de ver. Neste espetáculo, optámos também por não utilizar texto, mas por fazer o corpo falar através do movimento. Por vezes, um gesto em relação a alguém pode magoar mais do que um insulto ou uma bofetada. Um olhar pode ferir como uma bala. Esta história é contada através da música, que é parte integrante do espetáculo.

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