O documentário luso-francês, realizado por Ariel de Bigault, será apresentado no CCFBG na quarta-feira, 7 de Dezembro, às 18h30 (entradas gratuitas). A projeção sera seguida dum debate, com participação à distancia da realizadora.
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Fantasmas do Império explora o imaginário colonial no cinema português desde o início do século XX… 100 anos de cinema. Às imagens e narrativas que sustentam o enredo imperialista, contrapõem-se filmes e olhares de cineastas de várias gerações assim como
pontos de vista de pesquisadores e testemunhas. Desvendam-se ficções e mitos, máscaras da violenta dominação colonial, que ainda hoje assombram as memórias. A dinâmica de contrastes entre as imagens e as atitudes revela interrogações muito actuais.
Um dos principais trunfos de “Fantasmas do Império” é o seu ritmo. Longe de ser um documentário “de arquivo” e de apresentar a narrativa à semelhança de muitos “filmes históricos”, nesta obra Ariel de Bigault joga com a encenação e a fluidez, misturando trechos de diversos filmes e evidenciando contrastes e contrapontos. Num ritmo muito próprio, a autora propõe um leque de olhares sem nunca tecer um comentário “em off” que imponha determinado um ponto de vista. O objetivo “é mexer com o imaginário das pessoas e suscitar emoções que abrem caminho a reflexões”.
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“Fantasmas do Império” apresenta obras de Fernando Matos Silva, João Botelho, Margarida Cardoso, Hugo Vieira da Silva, Ivo M. Ferreira, Manuel Faria de Almeida, Joaquim Lopes Barbosa. Estes sete cineastas de diversas gerações, assim como José Manuel Costa, diretor da Cinemateca, e Maria do Carmo Piçarra, investigadora, abrem os cofres da memória, dialogando com os atores Ângelo Torres e Orlando Sérgio. Desvendam os mitos das descobertas, a ficção imperial, a fábrica da epopeia colonial, as máscaras da dominação…
https://www.youtube.com/watch?v=bUYPhn4Yeow