“O valor que não podemos ver”
(The Value We Cannot See)
Por toda a Guiné-Bissau, homens e mulheres guardam florestas e ilhas que dizem ser locais sagrados, onde a natureza deve ser preservada a todo custo. Os guardiões das florestas sagradas descrevem estes espaços como tendo um valor que não pode ser medido em termos monetários, hectares de madeira ou quilómetros de rio. Em vez disso, estas árvores e cursos de água são dotados de um valor invisível que remonta àqueles que os protegeram gerações antes e que se estende às crianças do futuro.
A sua forma de ver estes espaços ensina-nos que o valor de algo só é determinado com base na forma como decidimos medi-lo. E podemos reimaginar essa unidade de medida para incluir algo que preserve a natureza.
O artista Young Nuno pintou pormenores surreais nas fotografias de Ricci Shryock destes espaços e dos seus guardiões para criar cenas que são simultaneamente reais e imaginárias. Estas imagens de arte mista sublinham que, por vezes, é a nossa capacidade de ver para além do que está mesmo à nossa frente – de imaginar o que não podemos ver – que nos define.
O CCFBG organizará o lançamento da exposição (vernissage) na sexta-feira, 16 de Fevereiro. As obras estarão expostas e à venda até o dia 1 de Março.